O jornalista reformado da Rádio Nacional de Angola (RNA) Abel Abraão morreu, na manhã dessa terça-feira, no Hospital Provincial do Bié.
A informação foi prestada à Angop por um membro da família, sem contudo avançar as causas.
Abel Abraão foi recentemente homenageado com a atribuição do seu nome à mediateca da província do Bié, inaugurada no âmbito das festividades do 44º aniversário da independência nacional (11 de Novembro).
O jornalista aposentado da Rádio Nacional de Angola (RNA) notabilizou-se pela cobertura da guerra pós-eleitoral de 1992.
De acordo com o irmão, Joaquim Sucesso, Abel Abraão não tinha qualquer sinal de doença, tendo esta manhã caído de repente na porta de casa, quando acabava de regressar de uma padaria.
“De imediato foi levado ao hospital, mas infelizmente já não tinha vida”, acrescentou.
Entretanto, a Angop contactou uma fonte do Hospital Central do Bié que confirmou ser uma morte extra-hospitalar, sem contudo avançar as causas.
O jornalista iniciou a sua carreira em 1980, tendo-se notabilizado como repórter de guerra com a cobertura, no Cuito, dos momentos mais difíceis do conflito armado pós-eleitoral de1992.
Durante o conflito militar, Abel Abraão levou ao conhecimento da comunidade nacional e internacional, através dos noticiários da Rádio Nacional de Angola (RNA), os meandros da guerra nesta província do Bié, pelo que chegou a ter a cabeça a prémio pela UNITA, face a sua forma de narrar os factos naquela época.
Abel Abraão, agraciado com o galardão do Prémio Maboque de Jornalismo, na sua primeira edição, em 1994, contou num dos seus depoimentos, que chegou a ser atingido por um projéctil que lhe causou ferimentos, em 1994.
A 9 de Novembro deste ano, no Cuito, Abel Abraão foi homenageado pelo Governo, com a atribuição do seu nome à Mediateca da Província do Bié, “Mediateca Abel Abraão”, inaugurada no âmbito das festividades do 44º aniversário da independência nacional (11 de Novembro).
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